O estudante de medicina João Vitor Fonseca Vilela, acusado de atropelar e matar a corredora Danielle Correa de Oliveira, de 41 anos, na rodovia MS-010, em Campo Grande, conseguiu na Justiça autorização para mudar-se para Aparecida de Goiânia, em Goiás. O júri popular que julgaria o caso em 10 de setembro foi cancelado e segue sem nova data definida.
A decisão, assinada pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, foi publicada no dia 18 de agosto. Inicialmente, o Ministério Público havia se manifestado contra a mudança de domicílio, mas depois concordou, desde que houvesse monitoramento eletrônico. Segundo o site Campo Grande News, o réu vai morar com a irmã, Maria Eduarda Fonseca Vilela, enquanto cumpre medidas cautelares impostas após o acidente.
O estudante alegou necessidade de residir em Goiás para ingressar no internato obrigatório do curso de medicina no segundo semestre de 2025. A etapa exige dedicação integral em unidades de saúde da região metropolitana de Goiânia, ligadas à FAMP (Faculdade Morgana Potrich), onde está matriculado.
O júri popular, que estava marcado para 10 de setembro, foi cancelado e retirado de pauta, já que a defesa recorreu da sentença de pronúncia. O recurso será analisado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
Caso
Danielle Correa foi atropelada em fevereiro deste ano, durante um treino de corrida em grupo, e não resistiu aos ferimentos. Outra atleta, Luciana Timóteo da Silva Ferraz, 43 anos, também foi atingida, mas sobreviveu.
A investigação apontou que João Vitor dirigia em alta velocidade e sob efeito de álcool. Ele foi indiciado por homicídio culposo, com agravantes de embriaguez ao volante e excesso de velocidade. O caso teve bastante repercussão, com manifestações de atletas e mobilizações pedindo justiça.
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