Salvadora Pereira, 22, foi assassinada na noite de sábado (2/8), em Corumbá, com um tiro no rosto pelo companheiro José Cliverson Soares da Silva, 32. O caso ocorreu em uma fazenda, após discussão motivada pelo consumo de bebidas alcoólicas.

O crime ocorreu dentro da casa onde o casal vivia com cinco crianças, entre filhos deles e de relações anteriores. Este foi o 21° caso de feminicídio registrado no Mato Grosso do Sul.

A denúncia, segundo o Campo Grande News, chegou à polícia por meio do gerente de um pesqueiro da região, que recebeu o relato do homicídio e informou a guarnição que realizava patrulhamento na Operação Protetor das Divisas.

Os policiais se deslocaram até a Fazenda Vai Quem Quer, onde encontraram o suspeito dormindo em um dos cômodos da casa. A porta dos fundos estava trancada por dentro, e foi necessário verbalizar para que ele abrisse.

Ao entrarem na residência, os policiais encontraram Salvadora morta sobre a cama, com ferimentos no queixo e no tórax causados por disparos de arma de fogo. No mesmo ambiente estavam cinco crianças, com idades entre 2 e 8 anos. Três delas são filhos do autor e duas, da vítima. A suspeita é de que os menores tenham presenciado o assassinato.

José Cliverson foi preso em flagrante no local. Segundo o registro policial, ele confessou o crime de forma espontânea, dizendo: “Eu fiz, senhor. Fiz uma cagada”. Com ele foi apreendido um revólver calibre .22 com uma munição deflagrada. Também estavam na casa celulares danificados e várias latas de cerveja espalhadas.

A irmã do suspeito compareceu à fazenda e ficou responsável pela guarda provisória das crianças. O Corpo de Bombeiros confirmou o óbito da vítima e a Delegacia de Polícia Civil de Corumbá deu início à perícia técnica.

Durante a consulta ao sistema do Banco Nacional de Medidas Penais, foi identificado um mandado de prisão em aberto contra o autor, expedido em outro processo. Ele foi algemado e encaminhado à delegacia, onde permanece preso.

O caso foi registrado como feminicídio e posse irregular de arma de fogo. As investigações seguem sob responsabilidade da Delegacia de Atendimento à Mulher de Corumbá.